O colégio Estadual Manoel Ribas busca contribuir para o
desenvolvimento equilibrado da personalidade e para a formação de cidadãos
conscientes, capazes de construir o conhecimento e aplicá-los na vida de forma
crítica e autônoma.
O ‘Maneco’ e a sua História:
Tudo começou na era republicana, na cidade de Santa Maria
Rs, cidade na qual a viação férrea movimentava a cidade e trazia pessoas com
novas expectativas de vida. Com isso, surgiu então a necessidade de uma
educação ao alcance dos filhos desses trabalhadores, então foi ai que tudo
começou.
1913 - Fundação da
Cooperativa dos Empregados da Viação Férrea do Rio Grande do Sul (COOPFER). A
cooperativa preocupava-se com a educação dos filhos dos associados e construiu
escolas ao longo da ferrovia.
1914 a 1932 - Período em que o paranaense Manoel Ribas foi
diretor comercial da COOPFER. Homem muito culto,viajou a Europa onde visitou as
melhores escolas, a fim de encontrar um modelo de educação de bom nível. E foi
nos liceus franceses que ele se inspirou para construir as melhores escolas
para os filhos dos ferroviários: a Escola de Artes e Ofícios – Sessão
Masculina, hoje colégio Hugo Taylor; e a
escola de Artes de Artes e Ofícios - Sessão Feminina, a Escola Santa Terezinha
do Menino Jesus, atual prédio do Colégio Manoel Ribas.
1920 - Implantação do grande armazém da COOPFER. Seus
associados reivindicaram melhorias no sistema educacional e de saúde.
1921 - A COOPFER, que já havia criado a Escola Masculina de
Artes e Ofícios, providencia, também, uma escola voltada à educação das moças.
E foi numa casa da vila Belga, que se instalou provisoriamente a escola. Mas o
espaço logo ficou pequeno frente a grande procura.
1922 - Na rua Ernesto Beck é construído um prédio para a
referida escola destinada às moças. No dia 1 de maio é inaugurada a Escola de
Artes e Ofícios para meninos, um convênio com os irmãos Maristas, responsáveis
pela disciplina do ensino fundamental e médio. Foi inspirado no colégio de
Parobé de Engenharia, de Porto Alegre
(RS).
1923 – A cooperativa, autoriza a compra de um terreno nas
imediações para construção de um prédio com acomodações para externato,
internato e ensino profissionalizante.
1924 – A escola muda de endereço. As alunas são mantidas
desde as séries iniciais até as complementares, que dava direito a exercer o
magistério. Nos mesmos moldes da escola masculina, esta também foi inspirada
nos liceus franceses, possuindo disciplinas profissionalizantes como costura,
pintura, culinária, música, bordado e chapelaria.
1926 – Cooperativa divulga o projeto arquitetônico da nova
escola para meninas.
1927 – Início da construção do prédio, onde hoje se encontra
o Colégio Manoel Ribas.
1928 – Ocupação parcial das dependências da escola.
1929 – Conclusão da obra.
1930 – Inauguração solene do prédio. A sessão feminina da
Escola de Artes e Ofícios recebe, então, o nome de Escola Santa Terezinha do
Menino Jesus, ficando sob administração das irmãs franciscanas até o ano de
1942.
1940 – Estavam em funcionamento as duas escolas de Ofícios,
a masculina e a feminina, com mais de 3.000 alunos matriculados, 200 deles
internos.
1942 – A Escola Santa Terezinha passa a ser responsabilidade
do governo do estado.
1943 – Até o ano de 1974, mais uma instituição de ensino
ocupa o mesmo espaço físico. Trata-se da escola João Belém, que funcionou
durante 31 anos no mesmo local.
1945 – A escola transforma-se em Escola Artesanal Dr. Cilon
Rosa, permanecendo assim até 1965.
1953 – Ano de criação do Colégio Estadual de Santa Maria,
por decreto do governador Ernesto Dornelles.
1954 – O Colégio Estadual passa a chamar-se Manoel Ribas
depois de um ano de funcionamento junto ao instituto Olavo Bilac, que passou a
funcionar neste prédio.
1974 - O Maneco passa a funcionar sozinho no prédio, com a
primeira direção exercida pelo Pe. Rômulo Zanchi, com doutorado pela
universidade Gregoriana de Roma, sendo professor em vários cursos da UFSM e
UFRGS. Era conhecido por sua disciplina, respeito e qualidade que exigia dos
professores e alunos.
1977 – O prédio que, até então pertencia a Cooperativa dos
Empregados da Viação Férrea, passa a ser incorporado pelo governo do Estado.
1993 – A comunidade escolar faz uma manifestação popular
para chamar atenção das autoridades acerca da precariedade do prédio do colégio
Manoel Ribas, tendo apoio de políticos atuantes e ex-alunos influentes. Dessa
forma, conseguiu liberação de verbas para sua restauração.
1995 – Foi sancionado um decreto do executivo tombando o
prédio como Patrimônio Histórico Municipal.
1997 – Antônio Britto, então governador do Estado na época,
determinou o início das restaurações. Foram utilizadas altas tecnologias em
recuperação e restauro do patrimônio no estilo original do prédio. Apenas
algumas mudanças na estrutura, como o anexo para banheiros e elevadores, foram
realizadas.
1998 – A inauguração solene da restauração total do prédio
contou com a presença de políticos e autoridades, para a alegria da comunidade
escolar e da comunidade em geral.
2000 - O prédio do Colégio Manoel Ribas é tombado pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
do Estado.
O Maneco não é uma simples escola!
Todos os dias, inúmeras pessoas entram e saem da escola:
professores, funcionários alunos, e pais de
alunos, em sua grande maioria, ao
passarem pela porta de entrada do colégio não se dão conta ou não sabem da
riqueza e da arte cultural que está na entrada e sobre as cabeças dos mesmos.
Primeiro, destaco as duas grandes colunatas da arte e
arquitetura gregas ( homenagem aos engenheiros e arquitetos gregos: Íctinos e
/Calícrates. Ligadas por um arco logo na entrada, simbolizando a união do
espírito ( saber) com a matéria humana. Expressa ainda um caminho para o saber,
permitindo um referencial para o equilíbrio e a ligação com os sentimentos que
a arte inspira e o domínio aparente do poder racional sobre as emoções que o
visual artístico nos fascina.Logo após
nos deparamos e identificamos os órgãos reprodutivos da fertilidade feminina e
da geração do ser humano. A descrição acima são os tubas uterinas ligadas pelo
canal central da porta até o grande bojo ( útero).
Duas são as interpretações possíveis a serem dadas: é
preciso esclarecer um dado histórico “quem e porque colocaram tais símbolos?”.
Muito simples. Vejamos: esta escola antes de ser chamada de Colégio Estadual
Manoel Ribas fora habitada por uma Congregação de Irmãs religiosas de Santa
Teresinha do Menino Jesus e com suas juvenistas: alunas internas, vocacionadas
para a vida religiosa.Agora tudo fica muito claro.
A primeira interpretação é uma homenagem e uma exaltação à
Virgem Maria por ter gerado em seu útero sagrado o Filho de Deus, Jesus Cristo.
Assim visto, Maria é o canal de comunicação e de intermediação entre Deus e os
homens, entre a Terra e os Ceus, entre a matéria e o espírito.
A segunda interpretação tinha e tem como fundamento uma
filosofia pedagógica de vida através do seguinte lema: “aqui se dá Luz e Vida”.
O útero materno em sentido lato, gera a vida, isto é, realização profissional e
humana, e a vida em sua continuidade, gera luz
sabedoria e conhecimento.
Aliás, esses elementos descritos acima estão nas portas
laterais, à esquerda (secretaria) pelo desenho da figura da “cabeça” de uma
juvenista com seus trajes típicos da época (as batinhas) e pelo “globo”; À
direita (gabinete diretor) pelos “livros”.
Além destas descrições temos ainda os cravos, grandes e
pequenos, incrustados nas portas, significando que o saber pertence à todos os
quadrantes do universo social, quer sábios ou não, ricos ou pobres. Para chegar
a plenitude do saber é preciso superar os sofrimento e as derrotas para atingir
a felicidade, assim como os cravos sagrados da cruz de Cristo trouxeram a
salvação e a felicidade para todos os seres humanos.
O prédio tem influência arquitetônica renascentista
europeia, e foi restaurado recentemente. O colégio tem sido referência como
colégio padrão do Rio Grande do Sul, sendo que várias pessoas de destaque
aprenderam a liderar na escola, entre eles Reitores da Universidade Federal de
Santa Maria, prefeitos municipais, deputados, seu aluno mais ilustre é o atual
governador do estado, Tarso Genro. Há quase 50 anos a banda marcial se
apresenta pelas ruas da cidade em eventos e datas comemorativas. Atualmente, o
Colégio Estadual Manoel Ribas funciona em três turnos e conta com 2.600 alunos,
140 professores e 36 funcionários.
Grupo: Lucas Maciel, Franciele Vargas
Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_Manoel_Ribas, acesso em 12 de novembro de 2013.
http://manoelribassm.blogspot.com.br/p/historia.html, acesso em 12 de novembro de 2013.
http://infosantamaria.com.br/diversos/turismo/escola-manoel-ribas/,
acesso em 12 de novembro de 2013.
http://historicomaneco.blogspot.com.br/, acesso em 12 de novembro de 2013.
Olá Lucas Maciel, Franciele Vargas tudo bem?
ResponderExcluirPrimeiramente parabéns pela pesquisa, realmente muito boa.
Gostaria de saber se a escola possui algum curso voltado para os alunos, ou se participa dos projetos do governo tais como escola aberta, amigos da escola, etc...???
Aguardo respostas.
Thiago Tavares
Tutor a Distância
Colégio Manoel Ribas, através da Educação de Jovens e Adultos – EJA implantou um projeto denominado Seminário Interdisciplinar: Metabolismo – A Máquina da Vida – Alimentação Saudável e Qualidade de Vida, com o objetivo de trabalhar pedagogicamente questões ligadas ao processo metabólico que ocorre nos organismos físicos e biológicos dos indivíduos.
ResponderExcluirO projeto tem como alvo alunos da EJA devido as suas características peculiares de indivíduos jovens, adultos e alguns com idade mais avançada, cujo metabolismo apresenta situações específicas devido a seus hábitos alimentares, atividade profissional, idade e sexo, e será desenvolvido com alunos.