A inclusão é um tema
importante a ser abordado, pois nós educadores precisamos saber trabalhar e
ensinar a todos os alunos, e nem sempre estamos preparados.
Nesta
escola entrevistada há apenas um aluno com deficiência auditiva de nascença,
ele frequenta a 8ª série, e infelizmente nem a escola, apesar de toda estrutura
ótima que tem, e nem o município possuem atendimento específico, a cidade mais
próxima desta escola é em Santa Cruz do Sul à uns 60 km de Pantano Grande, ou
então ele deve contar com o auxílio dos próprios professores e suas
experiências com este tipo de deficiência trazidas de seus estudos na faculdade,
mas a maioria dos professores não sabe a Língua de Sinais de Libras, a
professora de Ciências Ana Paula Biagim, é a única que melhor se comunica
usando esta linguagem.
Ainda bem que ele teve à
sua disposição pais dedicados que no começo de seu ensino se preocuparam que
ele estudasse, e assim na idade da alfabetização (entre 6 e 7 anos de idade) o
levavam a uma escola especializada em Santa Cruz, 3 vezes por semana para que
ele aprendesse a linguagem dos sinais, com o passar do tempo e o seu andamento
nas aulas convencionais na escola Dario ele deixou de frequentar a escola de
Santa Cruz
Analisando
a rotina escolar, as metas, conteúdos e programação a serem cumpridas,
percebemos que as escolas públicas não possuem estrutura suficiente para
contribuir com o aprendizado dos alunos surdos. Por conta do governo, não
existem cargos de Tradutores a serem preenchidos estas escolas. Os professores
relatam que não se sentem preparados para esta situação, o professor de
matemática, Ricardo Policena, particularmente, relatou que o aluno copia o
conteúdo, os exercícios e as respostas e que em muitas vezes acredita que o
aluno não compreende o conteúdo por ele mesmo ter muitas dificuldades de
ensinar, e em outras ocasiões (dependendo do conteúdo), a repetição do ato de
copiar exercícios e respostas o aluno acaba entendendo a atividade. Outro fator
muito importante nestes casos é a falta de preconceito dos colegas, que na
maioria das vezes conversam e interagem usando os sinais de Libras, pois um
ponto positivo em sala de aula é que existe no fundo da mesma um cartaz bem
legível com o alfabeto em libras.
Nessa
cidade, desconhecemos projetos ou incentivos a alunos surdos na comunidade, é o
que faz com que possamos refletir neste tipo de inclusão. Que inclusão é esta
onde não podemos ouvir, e tão pouco enxergar? Que espaço vazio é este que se
encontra, se não sabemos conversar(língua de sinais)?
Realmente o descaso com a educação vem de longa
data, mas todos somos seres humanos e merecemos o respeito de poder aprender e
ensinar.
Grupo: Ana Paula Vargas, Angelita Coelho e Camila
Sampaio.