“Na escola inclusiva, a identidade se constrói com a valorização das qualidades de cada um dos estudantes. Trabalhar o tema identidade em uma turma de inclusão pode ser, à primeira vista, uma tarefa árdua. Como contribuir para que alunos que muitas vezes se sentem diferentes e que têm a auto-estima fragilizada por causa de suas limitações se valorizem? A solução para o problema é mais simples do que você pensa: identificar e exaltar as capacidades de cada um, em vez de colocar em primeiro plano as possíveis limitações (Revista Nova Escola, disponível em http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/aparencias-diferentes-talentos-tambem-424489.shtml, acesso em 25 de outubro de 2013)
A Escola Estadual de Ensino Fundamental Cândida Fortes Brandão, localizada a Rua Pinheiro Machado, 2343, Cachoeira do Sul, tem em seu quadro de matrícula um aluno surdo deficiente auditivo, o mesmo recebe atendimento na escola, no turno inverso na sala de recursos multifuncional, sabe a Língua Brasileira de Sinais- Libras e aprendeu na escola com a intérprete, professora que conhece e sabe a Língua Brasileira de Sinais- Libras, atua em um turno na Sala de recursos multifuncional e no outro acompanha o aluno como tradutor/intérprete na sala de aula regular.
Nos últimos anos houve um avanço no que se refere às possibilidades de educação da pessoa com deficiência e, principalmente, da educação da pessoa com surdez. Seus os direitos, de certa forma, foram garantidos, porque todos podem freqüentar as classes regulares de ensino, mas a comunidade escolar ainda não está preparada para receber um aluno surdo, o que ocasiona insegurança em recebê-lo, pois não sabem como atender às suas necessidades educacionais especiais.
São poucos os profissionais tradutor/intérprete e os professores desconhecem a Língua Brasileira de Sinais, como “a atuação de profissional intérprete caracteriza suporte técnico e não exercício de docência; portanto a responsabilidade com a aprendizagem do aluno é do professor regente” (FERNANDES. 2007 p.137) se torna necessário a capacitação dos professores para atuar com estes alunos.
A comunidade escolar começa deve perceber que inclusão de surdos vai muito além de inserir um tradutor/intérprete de Libras em sala de aula, pois se não houver toda uma reflexão sobre as práticas de ensino-aprendizagem, mudanças e flexibilidade na maneira de avaliar o sucesso do surdo em adquirir a língua portuguesa na modalidade escrita sempre ficará inalcançável. Segundo Fernandes (2007. P 134) “É fundamental que sejam propostas novas formas de demonstrar a aprendizagem, pois se tudo que o aluno Surdo souber for avaliado por sua produção escrita, reduzem-se enormemente suas possibilidades de sucesso e avanço acadêmico”
Referências bibliográficas:
SANTOS, Emerson Cristian Pereira dos. A Inclusão, o Jeito Surdo de Escrever e o Jeito Professor de Avaliar – disponível em http://editora-arara-azul.com.br/novoeaa/revista/, acesso em 25 de outubro de 2013
FERNANDES, Sueli. Educação de Surdos. Curitiba. IBPEX. 2007
Aparências diferentes? Talentos também. Revista Nova Escola, disponível em http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/aparencias-diferentes-talentos-tambem-424489.shtml, acesso em 25 de outubro de 2013)
Grupo: Aldemar de Oliveira Lenci, Anderson de Oliveira Lucas, Fabiele Gabrieli Bitencourt Wommer e Maria Florencia da Siqueira Nunes
CÂNDIDA E A APADA
ResponderExcluirApós 70 (setenta) anos da implantação da educação de surdos no país, surge em Cachoeira do sul a primeira classe de educação especial, em sala junto ao Grupo Escolar Cândida Fortes Brandão, obtendo a concessão para o funcionamento desta classe especial somente em 14 de outubro 1980.
Já em 26 de março de 1987 foi fundada APADA (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos), com a finalidade de integrar o deficiente auditivo a sociedade. Continuando com sua sede na escola.
A APADA surgiu da necessidade de mediar à integração do aluno deficiente auditivo com o ensino normal lhes dando acompanhamento sócio educacional, hoje ela faz a preparação para Libras e atende até o quarto ano, após isto eles são incluídos em sala de aula com ouvintes.
A APADA conta uma vez por semana com um instrutor em Libras que executa atividades diversificadas com os alunos
Todos os alunos com deficiência auditiva no município recorrem a APADA para adquirirem um atendimento especializado e adequado.
Olá pessoal, tudo bem?
ResponderExcluirSou o tutor a distância Thiago Tavares.
Primeiramente gostaria de parabenizar a pesquisa, ficou muito esclarecedora e muito bem embasada teoricamente.
Porém, durante o texto vocês falam que devem haver mudanças e flexibilidades na hora de avaliar o surdo. Gostaria de saber se fosse vocês dentro de uma sala de aula, quais seriam as mudanças ou flexibilidades no momento de avaliar um aluno surdo?
Aguardo respostas...
Abraço
Thiago Tavares Borchardt
Tutor a Distância
Em qualquer área de conhecimento a ser desenvolvida, a língua portuguesa estará sempre presente, seja na forma oral ou escrita. Ss as atividades propostas não forem mediadas por um sistema simbólico, acessível aos surdos, todo o processo de aprendizagem estará comprometido.
ExcluirA avaliação deve ser para o professor, uma ferramenta para constatar o que o aluno já sabe, para rever criticamente seu trabalho e reorientar sua atuação. No caso do aluno surdo há necessidade de se utilizar, além da língua de sinais, outros códigos visuais, como:
a) alfabeto manual;
b) mímica/dramatização;
c) fichas com ilustrações diversas;
d) desenhos, fotografias, cartazes;
Boa tarde tutor,
ExcluirJá tive experiência em sala de aula com uma aluna surda, a escola é do meio rural e a realidade é bem diferente da escola Cândida que o nosso grupo pesquisou. A avaliação da turma em si acaba sendo modificada, todos os trabalhos são iguais para os alunos mas provas por exemplo eram reduzidas. A aluna era do 6º ano e tudo que fazia copiava da colega ao lado, o que levava a maioria dos professores a achar que ela era apenas "copista" mas eu acho que ela se desenvolvia bem e que o que faltava para a aluna era auxílio da família que não gostava da ideia da filha aprender LIBRAS para se comunicar melhor com os professores.
Acredito que flexibilidade tem que existir sim, mas também temos que estimular o aluno a acompanhar a turma, sempre dando atenção especial, mas nunca limitando ele.
Att
Fabiele Wommer
Parabéns, vejo que o propósito do trabalho foi alcançado, visto a quantidade de alternativas para o ensino desse aluno.
ResponderExcluirGostaria de pedir para todos que ao terminar de escrever, por favor, se identifiquem, pois interatividade no blog é uma parte da avaliação.
Já peço para quem comentou acima, se identificar.
Desde já, deixo um abraço.
Thiago Tavares
Tutor a Distância.
O comentário sobre avaliação foi feito por mim.
ExcluirMaria Florencia da Siqueira Nunes -
Pólo de Cachoeira do Sul.
Um abraço
Boa tarde,
ResponderExcluirSou a tutora de Libras a distância – Rubia.
Parabéns pela realização da pesquisa.
Bem interessante a proposta de Cachoeira do Sul para a escolarização dos surdos.
Gostaria de saber se na escola pesquisada tem professor de Libras? Vocês mencionam o instrutor de Libras uma vez por semana, como é feito este trabalho na APADA?
Vocês explicitaram esta questão na pesquisa, mas gostaria de ressalta-la novamente: o ensino da Língua Portuguesa se dá na modalidade escrita, como segunda língua. A língua de instrução deve ser a Língua de Sinais, como primeira língua. O ensino da língua portuguesa na modalidade oral deve ocorrer se for a preferência do aluno ou da família, pois é garantida pelo decreto 5626/05, com o acompanhamento de um profissional fonoaudiologo. Certamente que existem diferentes realidades, e cada instituição busca atender da melhor forma seus alunos, devemos sempre respeitar esta diferenças.
Abraços
O trabalho da APADA é um grande apoio para os deficientes auditivos e seus familiares. Eles promovem ajuda psicológica e jurídica para os familiares, assim como alguns cursos. Eles estão sempre engajados no apoio a inclusão social e na socialização educacional, profissional e na comunidade. Eu tenha uma amiga deficiente auditiva e a APADA foi fundamental para que o ambiente familiar fosse de uma tranquilidade, apoiando os pais e a minha amiga, dando cursos de libras e apoio psicológico. Hoje ela trabalha numa rede de supermercado, que tem se mostrado competente nas condições de todo tipo de acessibilidade, assim como as instituições de ensino da cidade de Cachoeira do Sul. Esta integração depende do apoio de todos setores da comunidade, assim como de todas as pessoas. As diferenças existem e devemos respeita-las e colaborar com a inclusão e não fingirmos que não existem. (Aldemar Lenci)
ResponderExcluirIndubitavelmente, o trabalho da APADA é de suma importância para os portadores de deficiência auditiva, pois ela da o apoio necessário para que essas pessoas consigam ter um ambiente familiar e social tranquilos. Tem em nossa cidade, ainda, a semana municipal da APADA , onde são realizadas missas, jogos de futebol, vôlei etc. Essa semana tem por objetivo divulgar o trabalho realizado pela APADA , bem como chamar atenção da comunidade das dificuldades que passa a assistência e a educação para os deficientes auditivos em nossa cidade.
ResponderExcluirOlá pessoal...
ResponderExcluirA Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos (APADA) tem uma sede própria? Se tiver, alguém pode colocar uma foto?
Por ser uma associação, ela recebe algum auxílio do governo?
Aguardo respostas...
Abraço